quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Desdita de amor.

Lágrima salgada que teima em cair
Meu pranto desesperador causa-me cóleras
É soluçante meus gritos, ao ver-te partir
Segurando aquela rédea frouxa e acenando ao nada.

Entreguei-me a você no mais belo romance
Recheado de desavenças e carinhos
Quero deitar-me no seu abraço aconchegante
e esparar paciente pelos seus murmúrios.

Esse amor afável
Está a me consumir por inteiro
A dor lamuriante, porém amável
Tira-me o sangue que tanto anseio.

Não vá agora, andando entre as trevas
Espere-me para poder apertar-te a mão
E curar-te de medos e lepras
Algo que apenas suporta meu ígneo coração.


Lady Byron
(Nayara Kobori)

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

O Abraço



Rosa:
Abro a janela do meu mundo
Recebo as ventanias dos sete mares
Me perco em devaneios contínuos
E acabo no mesmo caminho oblíquo.

Uma estrada de terra seca
Que me chama, me traga
E nesse medo e curiosidade
Descubro alguém para cobrir meus fantasmas.

...Espartano!


Espartano:
Recebo um poema noturno,
contído agora em minha vida fatigada,
tu és a Rosa que traz-me o lume
ao tédio contínuo da ânsia abastada.

trago-te agora
a arda chuva crispada
molhar-te a terra seca
e incisar com minha espada
pedra intensa encera em cena
incensa de vedra insensata
sob tua destra isenta
que me escreve amada sensata.

As águas dos mares são sinuosas
e nem por isso traz-nos desassossego
sinta o vento de tua janela
trazer-te aos braços um abraço de apego...

...o meu abraço.



- Rosa & Espartano. (Viagens Poéticas)