quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Amantes





Sou alimentada pelo teu ego
Nosso orgulho medíocre e nossas nvidas separadas
Sonhamos e desejamos os braços um do outro
Deitados entre colchões ensopados de suor.

Minha unha arranhando suas costas
Gemidos altos que ecoam pelo quarto
Imaginamos cenas de amor
E na realidade vivemos ódio.

Agarro-me ao travesseiro que cheira a ti
Perfume avassalador que me persegue
Passo mal quando te vejo com ela
Mas já não derramo as lágrimas salgadas.

Nossos encontros são secos e quentes
Amor de verdade é confundido por nós
E nos entregamos a devaneios e utopias
Querendo e evitando um ao outro.

Somos amantes ao cair da noite
e meros conhecidos ao raiar do dia
Somos o êxtase do prazer ao invisível
E fracos diante de outros olhos.
Nayara K.
(Lady Byron)

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

The Last Love


Somos como a Lua e o Sol em um contato imediato,
Vedados ao amor impossível e ao orgulho inevitável,
Trajamos nossas armaduras de ferro moldado,
Prendemo-nos na sacrilégia loucura inenarrável.


É uma droga ilícita que nos transporta,
Viajando sobre mares quentes e ventos gelados,
Obra de arte de uma tenebrosa natureza morta,
Vejo em ti os gritos de socorro intactos.


Abrace-me novamente em seus ternos braços,
Seremos o eclipse imediato de dores,
Não julgue-me pelas coisas que faço,
Nunca contentando-me com os resquícios de amores.


Com as costas na parede, me arranho até sangrar,
Quero você, inclícito homem, fonte de alucinações,
Na minha boca o gosto do último beijo irá repousar,
E na memória os suspiros, as causas e emoções.


Nayara K.
(Lady Byron)