quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

take my time



Things will get better
When I close my eyes
And start a new day
Without your arms.

Eu desisti de tudo isso que passo
Quero viver intensamente sobre esse mundo
Não quero me importar mais com nada
Quero deixar essas luxúrias de lado,
Quero deixar essa gula de lado,
Quero apertar contra o peito o invisível.
Não quero mais o Amor
Porque ele machuca, sem dó.
Não quero mais a Paixão,
Pois ela é intensa demais
e exige muito de mim.
Quero parar o tempo em que estou
Quero me dividir entre a realidade
e a fantasia.
Quero o mundo de todos os ângulos
Respirar o ar cítrico de uma noite.
Cantar a terra nova que me chama,
Ver o pôr-do-Sol antes que seja tarde,
Curtir pequenos momentos de alegria.
Mas não me deixem amar novamente.
NÃO, eu não quero.
Cansei do amor sofrido
De lágrimas salgadas perdidas,
agora quero descansar.

Nayara K.
(Lady Byron)

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Nobre bebida


Traga-me mais uma dose,
Tão doce esse gosto cítrico,

Despeje em mim o néctar etílico,

Cheire o éter de minha pele.


Ela andava tristemente pela casa. Nua, cabelos embaraçados, olhos molhados...Desejava sumir. Fugir daquele tedioso mundo em que vivia, daquelas pessoas que convivia. Fugir da necessidade de amar e dos rótulos pré-meditados.
Abriu a geladeira, sentiu o arrepio do vento frio que vinha daquela máquina. Sua pele arrepiou, e quis alguém para abraça-la. Não havia ninguém. Somente ela, só na cozinha branca. Embebedou-se de vinho barato, derramou o álcool na pele, sentiu o gosto macio da embriaguez e entregou-se á Dionísio.
Abriu a janela, a Lua alta no céu, ria dela. A noite esfriava seu corpo e o som dos carros passando aumentava o sentimento de solidão. Decidida, largou a taça e derramando todo o líquido em seu corpo, bebia direto da garrafa.
Até que sua campainha tocou. Quem seria? Ninguém vinha visitá-la. Era apenas mais uma alma perdida. Não preocupou-se em colocar roupas, ou de lavar o corpo que cheirava cítrico e tinha tons avermelhados.
Ele entrou por aquela porta. Lambendo todo o corpo dela. Desejando sugar ao máximo todas as gotas de etílico que ficaram em seu corpo e também sugá-la junto. Consumi-la. Inteiramente.
Ele queria mais. O cheiro do vinho aguçava seus instintos masculinos. Corpos se entrelaçaram enquanto a bebida escorria por todos os lados.
Ele a apertava, mordia, beijava... Ela, enfeitiçada pela bebida e pelas carícias, suspirava enquanto o sentia. Envolveram-se em uma chama ardente, consumiram-se no chão frio, acompanhados pelo álcool. Antes assim, a bebida que trazia felicidade. Antes embriagados, pois isso os animava mais.
Assim, ele estourou em cima dela. Ela gritou, ele se satisfez. Levantou-se do chão, e procurou em suas roupas jogadas algum objeto. Ela totalmente encantada por seu deus Dionísio ficou estirada ao piso frio, esperando mais uma dose daquele amor selvagem.
Ele achou o que procurava. Enquanto vinha novamente em cima dela, o objeto brilhante reluzia ofuscante. Embriagada, não teve tempo de gritar e foi consumida novamente.
Ele, com aquele objeto tão reluzente, a esfaqueava, impiedoso. Sangue escarlate misturava-se ao veludo do vinho, álcool e vida esparramados no chão. Ainda deu tempo de beijá-la a última vez. Ele beijou os lábios, beijou o ventre, sugando-o.
Então, foi embora. Ela lá ficou, entre a bebida e o amor, cegada pela Morte.

Nayara K.
(Lady Byron)

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

AVISO

No meiu último poema recebi 11 comentários de alguma pessoa que sentiu-se incomodada com o que escrevo. Sabe, não guardo rancor, ou vou escrever coisas ruins sobre a pessoa (até porque, nem a conheço). Do mesmo modo, espero que seja, no mínimo, respeitada por aquilo que escrevo pois não coloco apenas palavras jogadas, coloco sentimentos.
Sei que não agrado a todos, não me importo. E se, você não gosta do que escrevo, tudo bem, gosto não se discute. Só peço uma coisa: RESPEITO. Acho que é isso que falta no mundo inteiro.
Aceito críticas sim, mas tenha argumentos para criticar o meu trabalho.

Obrigada pelo carinho,
Nayara K.

domingo, 28 de novembro de 2010

Futuro

O Futuro é um pequeno menino
Que escreve em um muro do subúrbio
Nomes, datas e destinos
Ele não tem rosto, é um mistério.

Anda, menino Futuro,
Deixe-nos ansiosos pela vida
Corra entre essa rua suja
E nos mostre o caminho menos dolorido.

O Futuro é um céu sem nuvens
Imensidão de um mar de estrelas
Que vem, durante a noite,
Esfriar o que o dia esquentou.

Ele causa medo, euforia.
Como saber o que ele nos reserva?
O Futuro menino, guardando um homem
Com mãos ainda sujas do muro do subúrbio.

Nayara K.

sábado, 27 de novembro de 2010

Entendendo a matemática

A Educação no Brasil vem melhorando a cada dia. Sou otimista nisso. Creio que, futuramente, o número de analfabetos diminua drasticamente, e seremos um dos países com maior potencial intelectual. Pode ser idealismo, pode ser sonho, pode ser uma realidade próxima ou apenas uma opinião de uma estudante. Mas, apesar de tudo isso, venho reparando em algumas mudanças no modo de ensinar que, ao meu ver, estão gerando desacordos com a relação estudante/professor.
Não sou pedagoga, nem algum tipo de especialista em Educação Básica, por isso já aviso que este artigo é apenas para mostrar uma opinião pessoal.
Venho dando aulas de Música para crianças entre 6 a 16 anos. Um dia, uma aluna minha de 8 anos levou o seu caderninho de matemática para fazer o dever de casa após a aula de piano. O fato que me chamou atenção foi que após algum tempo suando a pequena mão de menina, ela veio me pedir ajuda para efetuar contas de divisão. Não neguei, afinal, posso não ser pedagoga, mas com a minha experiência dando aulas de Música tomei grande apreço por ensinar as pessoas. Mas, o jeito como ela havia aprendido a efetuar aquela operação, era completamente diferente do ensinado em minha época, e diga-se de passagem, achei complicadíssimo!
Havia contas de subtração do resto, soma, multiplicação...Enfim, um completo enrosco de operações matemáticas. Sei que no mundo dos número, tudo tem uma relação super estreita, mas uma criança de oito anos não possui essa percepção, ainda.
Tentei ensiná-la do modo como aprendi, aquele modo arcaico, em que uma conta como 78 / 2, teríamos que pensar primeiramente na dezenha do dividendo, o número 7, e ver que número multiplicado por 2 (o divisor), chegaria perto do 7. No caso, o 3, dando o resultado 6, e colocaríamos o 1 que falta para chegar ao 7, debaixo do 7. Abaixaríamos o 8, tendo um novo dividendo, o 18, e acabando a conta colocando o 9 ao lado do 3, com o resultado 39.
Creio que a maioria das pessoas aprendeu desse modo. Enfim, ensinei desse modo a minha aluna e ela finalmente conseguiu efetuar as continhas.
Chegando em casa, meu irmão de 11 anos estava com o mesmo problema. Só que agora com contas de divisão envolvendo números decimais. O modo que eu aprendi, envolvia em operações simples de retirar a vírgula do número. O modo como ele aprendeu, sinceramente, não sei explicar.
Posso estar me equivocando ao escrever esse artigo, pois não tenho habilidade o suficiente para aprender a maneira nova como eles ensinam matemática, afinal, fui condicionada a aprender do modo como ensinavam em minha época.
Não ensinam mais aprender a ler com o be-a-bá.
Será que esses modos inovadores ensinam efetivamente nossas crianças? Devem ensinar, afinal, foram criados por especialista em educação. A única coisa que me intriga é o fato dos educadores não acharem que as crianças são ainda crianças.

Nayara K.
(Técnica em Música erudita)

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Pequeno desabafo

Estive todo esse tempo gritando o teu nome. Desde aquele dia em que me consumiu, o teu fantasma me persegue, causando-me cóleras. Eu ouço os seus passos rápidos e espero que me faça uma surpresa, assim, tão de repente. Mas não irá fazer. Meus sonhos pautados no teu corpo são apenas sonhos. Não choro mais ao acordar e não te ter ao lado da cama. Pobre ilusão de uma criança.
Faça-me um favor, não me procures, não me provoques. Irei vomitar o álcool todo, irei sacudir minha alma para não mais pecar e assim vou embora, de poucas palavras, de poucos pretextos. Só mais um desabafo morno em um dia gelado.

Nayara K.
(Lady Byron)

domingo, 17 de outubro de 2010

Inocente

Vítima de tão delicada e perturbante beleza,
A noite faz elogios á tua imagem.
Singela e petulante vem me descobrir durante o sono,
E repousas como um corvo em meu ombro.

O céu recusa-se a aceitar tua alma,
Ao te mandarem de volta veio a minha procura.
Durma, óh, beleza sem nome e doces pensamentos,
Hoje nada mais te importunará nessa caminhada.

Cantando aos pássaros do bosque do Éden,
Não tens ideia de quão pura é tua face.
E nessa bochecha, ainda rosada de vergonha
Os sorrisos que ganhamos são apenas o canto de salvação.

Um coração cujo amar é inocente!


Lady Byron
(Nayara K.)

- Baseado em um poema de Lord Byron, "Ela anda em Beleza".

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Amor casual

Tua mão acaricia minha pele alva,
sinto o mel que derrete-me toda
Não nos enquadramos no perfil ideal
Somos movidos pela casualidade do fatal.

Venha me possuir dessa maneira áspera
Faça-me tua escrava nesta noite escura
Deixe a janela aberta para curar o suor
Meu ventre grita por teu corpo.

Mas cedo demais tudo de desfalece
Sonhos viram fumaça preta
Os lençóis fedem a carne.

E nada mais tem fundamento
Pois somos casuais demais nos encantamentos
E nos entregamos á luxúria.

Nayara K.
(Lady Byron)

sexta-feira, 1 de outubro de 2010


Ela estava entediada e sufocada. Seus sonhos haviam se despedaçado. Era tão improdutivo continuar chorando por aquele passado abominável. Mas ela o desejava ardentemente. Querendo matá-lo, sufocá-lo e amá-lo.
Soltava catarros de sangue, manchava as mãos de escarlate, e mesmo assim tentava permanecer em pé, respirando em pausas por algo que não valia a pena.
Pobre moça, morta por suas ilusoes.
Feche seus olhos, menina mulher, pense no mundo dos imortais, das almas purificadas, onde há o mais belo mar e a mais fina areia.
Cheire o sal que está presente no mar, e não tema mais nada. Glorifique-se e esqueça todos os males que te fizeram adoecer. Cante para as aves que voam sobre ti.
E no final, entregue-se ás águas, que te farão dormir.
Nayara K.
(Lady Byron)

sábado, 25 de setembro de 2010

Apenas crônica

Leitores, venho compartilhar com vocês o típico pensamento de uma louca. Sim, uma louca. É o que sou, e o que vocês são. Afinal, onde teria alguma sanidade em pessoas que leêm uma louca?
Estive sonhando devaneios essa noite. Fui corrompida por um enorme pesar na alma e sentia como se estivesse morrendo. Não tinha vontade nenhuma de me levantar, apenas queria afundar cada vez mais e mais no travesseiro e puxar algum resquício de sono que sobrou. Nem sei o porque disso. Acho que é a sociedade que anda cobrando demais, sugando demais, mascarando demais. Angustiante, não? É talvez...

Vou ensinar como se portar diante essa situação de fracasso como a minha:
1- Não volte a dormir, você só terá mais dor de cabeça por ter ficado deitado o dia inteiro;
2 - Vá tomar um banho;
3 - Lembre-se que você não mudará absolutamente nada desse mundo se ficar ai, chorando mágoasç
4 - Não tente desabafar com um antigo amor;
5 - Vá ler Machado de Assis, ou qualquer autor ironico o suficiente pra descontrair.

Se nada disso adiantar, venha escrever um crônica na internet. Quem sabe, assim, você se sinta melhor.

Nayara K.

domingo, 12 de setembro de 2010

Indiferente



Os dias passam sem fazer diferença,
o mundo gira, mas pra mim, ele ainda está parado.
O tempo, o jeito, a dor e a angústia
Tudo parece dar as mãos e cantar sobre meu leito.
Meu coração grita por aquele invisível
Não virá, por mais que minha garganta tente chamá-lo.
Eu quero fazer de tudo isso um sonho ruim
Acordar para te ter em meus braços.

O vento faz ruídos em minha janela
Trazendo uma canção assassina sobre nós dois
Ela vem me castigar, me arranhar
Sangrando pelos lençóis brancos.

Estou me entregando a toda essa sombra
Não tenho mais medo, apenas receio
Para longe, perto do mar, carregue-me.
Para longe de você, sem ânsias constantes.
Sou a incógnita do universo humano
Sem amor, sigo assim, só.
Meu canto é apenas para os mortos
De tudo isso, apenas não te quero ao me lado.

Nayara K.
(Lady Byron)

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Fear


Tenho medo das coisas futuras e passadas,
Se ainda fosse possível não temer,
Óh, que bela vida teríamos
Se ainda fosse possível viver.

Angústia e lágrimas derramadas,
A escuridão da vida dilacerada
Vou cantar até a garganta não aguentar,
E falecer perante o medo de perder.

Incompreensão que ronda sobre mim,
Traz-me o medo que nunca foi embora
E me faz mais covarde do que já sou
Não tenho mais vergonha de chorar.

Controla-me medo, vil e demoníaco
Sobre esses olhos vermelhos
Sobre essa pele alva como a lua
Aprisiona-me em teus braços de ferro.

Óh, medo meu
Como não temo mais em temê-lo.

Nayara K.
(Lady Byron)

sábado, 29 de maio de 2010

Concert

E quando a multidão se aproxima
Quando a garganta se aquece para gritar
Os dedos trêmulos e gelados
O corpo a sacudir e soluçar.

NÃO PARE!
É o que digo, você tem nas mãos tua bagagem.
É só correr para o público, e não deixar os pés pra trás.
Essa é a verdadeira emoção de ser músico.

Nayara K.
(Lady Byron)

domingo, 2 de maio de 2010

Alice


É tão real tua pobre fantasia de menina
Colada aos mundos que não fazem sentido
Tendo medo e coragem ao mesmo tempo
E não sabes nem quem és, burra criança.

Vive a deleitar-se sobre as margaridas
Coelhos brancos e chás da tarde
Sim, está na hora de acordar, voltar a realidade
Teu mundo não é esse, o efeito do êxtase.

Existe muitos mistérios nessa caçada
Criaturas que mordem, garras que fincam
E por todos os lados o sonho inocente
Está na hora, Alice... a hora do chá!

E viva tua fantasia, criança
Ande como nunca andou, pois logo não se lembrará
Nem do próprio nome que veio a recitar
Um novo Paraíso irá encontrar.

Nayara K.
(Lady Byron)

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Desabafo a Música


Dedos finos tão pesados ao suave toque
Não demoras a apreciar-me a alma,
Seguindo a única verdade concreta:
O amor singular pelas notas brancas e pretas.

É o meio, é a maresia,
é o modo como acalma, delira, fantasia
Música pautada de notas grossas e finas
O teu abraço de sons é quente como o calor humano.

E o que seria dessa vida se não existisse?
Óh, Música doce e agressiva
Tem um dom incomparável
Nem sereias venceram-te no canto.

É contigo que me desabafo e escorro o pranto
Somente uma felicidade composta de tons
Uma tristeza em modo menor,
Tu és, e sempre será, minha companheira maior.

Nayara K.
(Lady Byron)



- Sendo professora de piano e estudante de música clássica/popular, vejo o quanto sou feliz por trabalhar com algo que realmente amo. Não existirá amor tão puro quanto ao da Música a qual me dedico.
Poema dedicado á: Especialmente a você, Mãe, que e passou o dom da musicalidade sendo minha professora de piano desde meus dois anos de idade. Muito obrigada a esse bem que me fez.

quarta-feira, 31 de março de 2010

Together Again


Sem a pressa de remediar o que já foi lastimável
Foram tantos os passados que me assombraram
E nada temo mais, nem mesmo os anjos negros,
E choro lágrimas escarlates que borram o rosto.

É o mesmo som de piano que vem me inebriar,
É o mesmo grito sem voz que reverbera meus ouvidos.
Nunca pensei em sentir tão forte a vontade de te abraçar.
E um dia, estaremos juntos novamente.

Sento sobre o leito de mármore em que repousas
Tão gelado como tua pela alva,
Música exagerada de violinos estridentes,
Mas espere por mim, meu amor, é apenas um sonho.

Logo deitarei sobre teu colo,
Rezo para que isso não demore e não me corrompa,
A espera de ter ter comigo para sempre
Em um universo de espíritos, tão infinito.

Nayara K.
(Lady Byron)

sexta-feira, 26 de março de 2010

Sorrir de amor



Estou tão bem ao seu lado
Aliviada por te ter nas mãos
Te abraça, beijar os doces lábios
E não se preocupar com o tempo que passa
despercebido enquanto estamos juntos.

Demorou pra perceber
Que tudo o que queria era você
Hoje somos um em dois
Ah, seus dedos gelados
Como é bom poder esquentá-los.

Sussurrar em seu ouvido
Talvez esperar o amanhã ao seu lado
Dizer palavras doces ao te ver
Te tocar com carícias de nós dois
Ah, sim, esse é meu Amor.

Nayara K.

terça-feira, 2 de março de 2010

Apelo Amargo

Tudo em volta parece saltitar
Coberta por amigos e na verdade, afogada pela solidão.
Os mais próximos não são verdadeiros
E os calados acabam dizendo mais.
Filhos do Sal, cobertos de lama
Óh, tão doce era a crueldade humana no paleolítico.
Quimeras comendo a carne do seu coração
Cheiro de estrume que amarga as narinas.
Óh, tão cruel é a doçura das mulheres.

Vejo, agora, lançado ao mar todos meus sentimentos
E no seu peito nu não mais irei me deitar
Sentir o suor melado de sua pele em mina face.

Tantas palavras, tantos vocábulos...
Agonias aterrorizantes de um mundo fantasiado.
Cacos de vidro no chão, e agora?
É confusa a mente humana cheia de tentações.

O mais sozinho é aquele que disfarça estar bem.
O mais invejoso é aquele que ri dos outros.

Um dia, - e esse dia há de chegar - todo o mal causado por ti
Sera refletido de volta, e não terão lamentações
que irão salvar-te.

Óh, tão sinceros os sentimentos vingativos do ser humano.

Nayara K.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Com o que você se preocupa?

As pessoas ficam preocupadas em manter sua imagem sempre cativante e intocada. Querem se aparecer quando estão apagadas, e gritar no meio do silêncio.
As pessoas tentam ser felizes, e a felicidade delas machuca outras pessoas. E o que adianta? Primeira pessoa do singular é o que importa. O resto, são terceiros, do plural ou do singular, são terceiros.
Sabemos que ás vezes fazemos um mal incalculável e irreversível. E do que adianta? O tempo limpa, as pessoas são mais do que isso, sentimentos são mais do que isso. Todos nós, somos mais do que isso.
Ah, a Amizade. Como ela faz uma diferença em tempos como os nossos. Mas as pessoas não se preocupam o suficiente com ela. Ela vai se dissipando até sumir em um horizonte torto. E todos nós, pecadores horrendos, acabamos sem amigos.
Aqueles colegas que não te ligam e prometem coisas que nunca vão cumprir. As pessoas se preocupam com algo fútil, e esquecem dos valores morais de cada um.
Ah, o Amor. Quando ele chega não nos preocupamos com mais nada. É ai que mora o problem. A desilusão, o ciúme de outras pessoas que se preocuparam algum dia com você.
Mas o Amor pode acabar em um dia, ou uma noite. Em horas, ou em séculos. Mas, se ele valeu a pena, não se preocupe. Egoísmo ás vezes é o melhor remédio.

Nayara K.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Soneto do viver


Meu filho terá um nome estranho
Será guerreiro, terá coragem, e se assustará mesmo assim.
Mas as coisas vão e vem, vem e vão
E para onde irá o filho que talvez nem venha?

As pessoas andam sem parar, pra cá, pra lá
E o amor que não resta o tempo?
Não, meus caros amigos, tempo é trabalho do dia que está
Tempo é dinheiro do dia que virá.

Seria necessário que todos fossem felizes
Cantassem, dançassem, chorassem e amassem.
Talvez... Ah, o Amor.

Esqueça o tempo que tanto te consome
Preocupe-se menos com essas coisas ínfimas
Dê um valor imensurável á vida!

Olhe ao seu lado e ame o desconhecido
Segure a mão de sua pequena criança
Diga que ela nunca foi o tempo que passou
Ela sempre será o tempo que passou, o que é, e o que virá.

Desperdice menos sua saliva falando maldades
Mas a gaste com beijos longos
E se nada disso chegue um dia para você
Talvez é porque não tenha aberto os olhos.

Seja o que você quiser, aonde quiser.
Liberte-se desse rótulo social
Grite de alegria, chore por amor.

Ria das coisas simples, as graças sem graça
E fale com as paredes se ninguém quiser te ouvir.
Mas seja, ame, viva.

Nayara K.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Renegação


Sentindo o cheiro da decomposição dos meus sentimentos
Foi tão forte, e foi tão arrebatador
Todos os dias que esperava por ti, uma resposta concreta,
hoje sei que me resta apenas a dor.

Não se importe com as palavras ditas, elas são de vidro
Logo se quebram, e vão embora
Assim como você, assim como nós.
Amores de uma menina que seu ego não explora.

Desejava-me tanto, meu aroma e meus espinhos
Acariciava-me a face, mãos feitas de gilete cortante,
e não havia sofrimento nisso tudo
era a ti que me entregava, eterno amante.

A única certeza que tenho disso tudo
Sozinha permanecerei a escuridão que eu mesma criei
Forjei caminhos utópicos que levavam a ti
Mas nenhum tem fim, por amor chorei.

Nayara K.
(Lady Byron)

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Música de amor


Dentro dessa rede nos encontramos
Ouço silêncio dos gritos da multidão
Chama-me pelo nome, segure minha mão
Hoje não estaremos mais abandonados.

Unidos pela melodia inebriante
A música que nos entrelaça em um sorriso
Dependentes de uma harmonia
Somos um acorde perfeito dentro da dissonância.

Nos entregamos um ao outro em cima das partituras
Beijos sedentos que molham os lábios cantores
Façanhas que apenas nós cometemos
Meu corpo será teu instrumento.

Abrace-me dentro de seus braços fortes
Dedos calejados das suas cordas amigas
Frágeis mãos que apertam as teclas
Se entrelaçam juntas em uma música concreta.

Nayara K.
(Lady Byron)

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Revista SUNSHINE Verão 2010


Confiram a nova edição da Revista SUNSHINE Verão 2010!
Com o poema: A Carta, de minha autoria.

http://www.revistasunshine.com.br

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Para sempre

Vamos cobrir nossas faces nos lençóis brancos
Rir e rolar na cama que nos cerca
Lembrar da alucinante noite passada
Em que dormimos dentro de nós.

Falas de amor juradas, carinhos trocados
Somos feitos de carne e sentimentos
Nos embriagamos com beijos e abraços
E acordamos ao raio de Sol na vidraça da janela.

As roupas amassadas recolhidas do chão
Cabelos despenteados e olhos úmidos
Seguimos cada qual com o seu caminho
Diferentes rumos de vida e sentidos.

Não temos um ao outro na realidade
Vivemos de sonhos perdidos
Nos alimentamos de algo inexistente
Mas nos amamos, e isso será para sempre.

Nayara K.

domingo, 3 de janeiro de 2010

Me perdi em você - uma pequena música

Eu já me perdi em você,
e hoje me perco em mim por não te ter.
Eu já me perdi em você,
e hoje tenho que te esquecer.


Esperava mais de tudo que já vimos
Tinha sonhos de amor e de carinho
Momentos que só nós podíamos fazer
Hoje te vejo e tenho que esquecer.
Ela te conquistou novamente
Enquanto eu dormia tranquilamente
Eu te enfeiticei, mas eu nao te tenho
Minha paixão doentia que não alimento

Eu já me perdi em você,
e hoje me perco em mim por não te ter.
Eu já me perdi em você,
e hoje tenho que te esquecer.

Os dias já se passaram em vão
Ouço tua voz dizendo sempre não
Amor que existe em contos de fada
Será sempre eu e um branco, um nada.
Meu canto é imaginário
Meu mundo é um vigário
Seria muito bom a realidade da vida, sim
Sem você pra me deixar mal assim.

Eu já me perdi em você,
e hoje me perco em mim por não te ter.
Eu já me perdi em você,
e hoje tenho que te esquecer.



Composição por: Nayara K.