Lapidados ao eterno descanso
Fatigados ao mero dom de amar
E no túmulo que encima danço
Com os olhos vedados a ver o mar.
Seria o belo e o místico calado
No cárcere que jaz a minha trama
E aquele que jaz ao meu lado
Frio e intacto, apetece-me o drama
Mentiras alheias contadas ao vento
Palavras escritas pelo sangue impuro
E amar de novo dirá o tempo
O som do meu piano duro
O coração de pedra hoje se faz
Ou se faz de pedra um coração?
No cárcere de pedra entra atroz
Ou entra o atroz empedrado do cárcere?
Mundo oblíquo que mal me faz
Me tiraste o que restava dos sentimentos humanos
Hoje a dúvida, cólera me traz
Pedras que caem sobre amargos santos.
Prepara-te o martelo, a foice e a corda
O artesão que moldará meus sentimentos
Não me deixa as moscas, comendo a carne morta
Não me deixa ao cárcere de amor sedento
Não me amedrontas mais os insetos
No cárcere eles ão de existir
Desgarro do medo de me cair os tetos
E ao fim da canção, não há porquê mentir.
O cárcere lapido de pedra jaz intacto
Intacto a pedra do cárcere jaz.
Nayara K.
(Lady Byron)
3 comentários:
Nossa!
eu li a primeira vez...
com olhos de ser humano..
na segunda eu li pensando com alma poeta
E pude entender tudo!
O.o
EUTEAMO!
agora vejo o quanto estamos ligados!
♥
"Mundo oblíquo que mal me faz
Me tiraste o que restava dos sentimentos humanos"
eu andava assim...
até que o diálogo com um certo alguém me fez ficar assim:
"Não me amedrontam mais os insetos
No cárcere eles ão de existir"
Eu não te amava
pois não te conhecia
um dia te conhecí
e te amei...
Num outro certo dia
você em meu coração entrou
e agora ele jaz feito de pedra
para nunca mais poder sair!
agora, desta vez, Sem Cárceres! *_*
Lindo poema..profundo forte..cheio de sentimentos.Parabens
Beijos
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