Rabisquei palavras sinceras
Papel barato de cheiro doce
Falava sobre todas minhas quimeras
E os amores, sentimentos quaisquer que fossem.
Entreguei-o com o meu receio
Um sorriso amargo me esperava
E com os lábios gelados, beijei-o
O envelope que lacrava minha palavra.
E o que adianta fugir de tudo?
A carta se foi carregada por ti
Um envelope gritava, embora mudo
E aquele peso que senti.
Era de palavras que jazia a muda carta
Eram de lágrimas quentes que a manchavam
E letras que doíam, estava farta
Frases feitas entralaçadas se amavam.
Hesitei por um instante,
Dar-te o papel dobrado
E como uma faca cortante
Minha mão ferida, coração suado.
Mas o dano que causou
Para sempre repousavá
Feridas da qual a carta não curou
Uma alma ferida morrerá.
Nayara K.
(Lady Byron)
- Especialmente para o cavalheiro que possui a carta descrevida no poema dentro de sua carteira. A carta disse sobre si. Ele entenderá.
4 comentários:
Nossa.. que lindo. Espero que ele realmente saiba isso.
~Te coisa nova no meu blog, passa lá. Beijos.
*DB*
Hum tantas palavras que escrevemos e tantas outras que falamos né amiga...aquelas que estão no papel por muitas vezes esquecemos que há escrevemos....mais aquelas ditas..aquelas proferidas pela gente...vêem as vezes durante a noite...invade nossos coraçoes...e traz a lembrança no momento vivido...
Às vezes é difícil darem o valor de nossas palavras postas no papel e é mais difícil saber que o valor que damos para alguém não é retribuído na mesma intensidade... Amei seu poema.
Lindo, poema.
Intenso e angustiante
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