terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Renegação


Sentindo o cheiro da decomposição dos meus sentimentos
Foi tão forte, e foi tão arrebatador
Todos os dias que esperava por ti, uma resposta concreta,
hoje sei que me resta apenas a dor.

Não se importe com as palavras ditas, elas são de vidro
Logo se quebram, e vão embora
Assim como você, assim como nós.
Amores de uma menina que seu ego não explora.

Desejava-me tanto, meu aroma e meus espinhos
Acariciava-me a face, mãos feitas de gilete cortante,
e não havia sofrimento nisso tudo
era a ti que me entregava, eterno amante.

A única certeza que tenho disso tudo
Sozinha permanecerei a escuridão que eu mesma criei
Forjei caminhos utópicos que levavam a ti
Mas nenhum tem fim, por amor chorei.

Nayara K.
(Lady Byron)

Um comentário:

Pedro Tonetto disse...

Renegação

Resta de mim hoje poeira daquela fortaleza que fui ontém
Estive no alto, gritei e queria eu que nada disso acabasse
Não distante de mim estava meu passado, o corrupto e indigesto
Estive por tempos paralizado pela realidade daquilo que se evaporou
Gastei tempo, suor e prazeres pela doce frustação de te perder
Ora minha imagem era do espelho, ora do sonho impossível que vivi

Renego a tudo pra viver o agora que sei que não desaparecerá
Convicto de tua companhia, atravesso a bruma sem medo
Entre o paradoxo de encontrar nela a clarividez que preciso pra viver


Lord Byron (o caralho)