domingo, 28 de junho de 2009

- á ELE, utópico.

A redoma de vidro que te cerca,
Tento retirá-la de você, inútil tentativa
O teu orpo singular, o olhar que me vela,
Me inebria, e me alucina

És doce o jeito que me tratas,
Mas sabe que não seremos unidos
O pior dito é que me matas
Com ssuas vorazes palavas e sons repetidos.

Devem ser os aluciógenos, os remédios incorporados
Deve ser a vida, Oh, meu Deus
Mas é por ti que grito, meus sonhos fadados
Deitando a cabeça sobre os braços meus

Sonhando nossas utopias restantes, sem fim
E das lutas amargas nos retiramos
Ficou apenas, na boca o gosto ruim
Mas no nosso leito, enfim deitamos.

Sonhamos...


Nayara K.
(Lady Byron)

quarta-feira, 24 de junho de 2009

O Assassino

O menino de pele alva me chama pelo nome,
Correndo, cabelos ralos e voz suave
Me chama, me quer, me almeja
A boca vermelha, o frio o queima.
Mas, continua, correndo em minha direção.
Óh, pudera eu, não o ter estendido a mão.

Encantei-me pelo seu jeito,
Andar e correr sobre o chão feito de nuvem.
Um pobre menino de expressão vazia
De olhos de cera, que miravam-me com admiração.

Sendo mais uma vítima de teus encantos,
Óh, menino insolente, diga-me o que há contigo
Diga-me, que te curarei as mágoas que não se afogam
Que as feridas e dores de dissiparão.
Mas não diz, és calado, o menino
Doce menino, amante assassino.

Seu corpo vem a enfeitiçar-me,
Estou corrompida, inebriada pelo ar que respira
Sim, sinto arder os pulmões e as vísceras,
És tu, menino assassino.

Abraça-me e corta-me o pescoço,
Como um vampiro nato entrega-se a esse gozo
O sangue que escorre, tu lambes
E glorifica-te pela morte e dor que está causando.
Óh, dor latejante e aguda
Não a causada pela tua lâmina, menino
Mas a dor por ti ter ferido a quem algum dia te apreciou.

E o escarlate sangue que baila no chão
Banha o piso frio o pálido
Minha pele sem vida, gélida
Ainda sente arrepios causado pelos teus toques.

Mas, tua única paixão é Morte,
A negra mãe que te beija os lábios
Ainda te quero, menino
Soterrada e presa num cárcere de mármore
Te quero com meu sangue entre os dedos
E venha, por favor, venha correndo...

Nayara K.
(Lady Byron)

sexta-feira, 19 de junho de 2009

- Decepção


Inebriada pela sua voz, entreguei-me
Com os braços abertos a algo incerto,
Mas com um sorriso no rosto, a receber-te
Poucos biejos que fomos vítimas.
Óh, se não fosse essa luz que me ofusca a visão
Talvez teria percebido antes mesmo de acontecer.
Óh, se não fosse o meu coração a palpitar loucamente,
Talvez a razão me impedisse de te amar.
Em vão chorei,
Pura decepção em que me entreguei.
Não há meio sem volta, ou fim sem meio
Que dirão as palavras que o tempo levou.
Agora, em um palco teatral faço minha peça, novamente
Uma fantoche sorridente que por dentro chora
Uma boneca de porcelana quebrada
Com a alma enclausurada.
Eu já me acostumei com esse teatro.
Nayara K.
(Lady Byron)

quarta-feira, 17 de junho de 2009

- é VOCÊ, ♥


- É você.
Você tornou-se o meu vício, o meu delírios, as minhas ilusões e os meus sonhos.
Mais que isso. Você se tornou minha realidade.
O jeito que seu olhar procura o meu, o jeito que sua mão brinca com a minha...Seus pequenos atos que me fazem mais dependente de ti.
Sim, é você. Aquele que eu sempre procurei.
Fui vítima das suas palavras, fui vítima do seu amor.
Incrível, mas não quero me livrar desse momento. Não quero me livrar de você.
Você, minha droga, minha anomalia, meu amante, minha felicidade. Depois de você, os dias tornaram-se mais claros, e mais prósperos.
Não há o que escrever para descrever o sentimento que despertou em mim.
Mãos geladas e escorregadias de suor,
olhos que brilham mesmo na luz ofuscante,
respiração ofegante quando chega perto de mim.
Ah, e coisas que não precisamos dizer um ao outro.
- Sim, é VOCÊ!

domingo, 14 de junho de 2009

Marcas


Marcas que deixaste em mim,
Profundamente dilacerada, carne perfurada
Teus delírios, teus carinhos
me arrepiam a pele e mastiga o meu peito.

O tempo não será capaz de apagar
as marcas que por ti fiz questão de deixar
Finalmente, você, aparece ilícito
Tatuagem do amor que por nós foi corrompido.

Amantes perfeitos ao eco da noite
Costumávamos nos deitas, e pensar em coisas tolas
No gramado de nossa casa, jazia o gozo dos prazeres
Foi por ti, amado, que tatuei o amor que nos apossou.

Marcas de sangue que mancharam os lençóis,
Talvez a Morte, talvez
Fosse capaz de apagar as marcas
Mas no meu corpo elas continuariam intactas.

Por você, por mais ninguém
Essas marcas...

- Nayara K.
(Lady Byron)

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Êxtase


Pele arrepiada ao toque de mãos macias,
Voz que acaricia meu ouvido
Seus dedos que me tocam de diferentes manias
Almas entrelaçadas e beijos corrompidos

Línguas que se desejam e se buscam
Corpos que se sufocam em um único ardor
Suor que escorre sobre costas que soluçam
Algo em que encontramos êxtase e nunca temor

Ventre despido em uma lâmina quente
Espada e cálice juntos em um momento
São apenas almas, sem usufruir da mente
Atos ilícitos feitos com sentimento

Não precisam se ver
Precisam apenas se tocar
Não irão se conter
Irão apenas se desejar.


- Nayara K.
(Lady Byron)