quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

take my time



Things will get better
When I close my eyes
And start a new day
Without your arms.

Eu desisti de tudo isso que passo
Quero viver intensamente sobre esse mundo
Não quero me importar mais com nada
Quero deixar essas luxúrias de lado,
Quero deixar essa gula de lado,
Quero apertar contra o peito o invisível.
Não quero mais o Amor
Porque ele machuca, sem dó.
Não quero mais a Paixão,
Pois ela é intensa demais
e exige muito de mim.
Quero parar o tempo em que estou
Quero me dividir entre a realidade
e a fantasia.
Quero o mundo de todos os ângulos
Respirar o ar cítrico de uma noite.
Cantar a terra nova que me chama,
Ver o pôr-do-Sol antes que seja tarde,
Curtir pequenos momentos de alegria.
Mas não me deixem amar novamente.
NÃO, eu não quero.
Cansei do amor sofrido
De lágrimas salgadas perdidas,
agora quero descansar.

Nayara K.
(Lady Byron)

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Nobre bebida


Traga-me mais uma dose,
Tão doce esse gosto cítrico,

Despeje em mim o néctar etílico,

Cheire o éter de minha pele.


Ela andava tristemente pela casa. Nua, cabelos embaraçados, olhos molhados...Desejava sumir. Fugir daquele tedioso mundo em que vivia, daquelas pessoas que convivia. Fugir da necessidade de amar e dos rótulos pré-meditados.
Abriu a geladeira, sentiu o arrepio do vento frio que vinha daquela máquina. Sua pele arrepiou, e quis alguém para abraça-la. Não havia ninguém. Somente ela, só na cozinha branca. Embebedou-se de vinho barato, derramou o álcool na pele, sentiu o gosto macio da embriaguez e entregou-se á Dionísio.
Abriu a janela, a Lua alta no céu, ria dela. A noite esfriava seu corpo e o som dos carros passando aumentava o sentimento de solidão. Decidida, largou a taça e derramando todo o líquido em seu corpo, bebia direto da garrafa.
Até que sua campainha tocou. Quem seria? Ninguém vinha visitá-la. Era apenas mais uma alma perdida. Não preocupou-se em colocar roupas, ou de lavar o corpo que cheirava cítrico e tinha tons avermelhados.
Ele entrou por aquela porta. Lambendo todo o corpo dela. Desejando sugar ao máximo todas as gotas de etílico que ficaram em seu corpo e também sugá-la junto. Consumi-la. Inteiramente.
Ele queria mais. O cheiro do vinho aguçava seus instintos masculinos. Corpos se entrelaçaram enquanto a bebida escorria por todos os lados.
Ele a apertava, mordia, beijava... Ela, enfeitiçada pela bebida e pelas carícias, suspirava enquanto o sentia. Envolveram-se em uma chama ardente, consumiram-se no chão frio, acompanhados pelo álcool. Antes assim, a bebida que trazia felicidade. Antes embriagados, pois isso os animava mais.
Assim, ele estourou em cima dela. Ela gritou, ele se satisfez. Levantou-se do chão, e procurou em suas roupas jogadas algum objeto. Ela totalmente encantada por seu deus Dionísio ficou estirada ao piso frio, esperando mais uma dose daquele amor selvagem.
Ele achou o que procurava. Enquanto vinha novamente em cima dela, o objeto brilhante reluzia ofuscante. Embriagada, não teve tempo de gritar e foi consumida novamente.
Ele, com aquele objeto tão reluzente, a esfaqueava, impiedoso. Sangue escarlate misturava-se ao veludo do vinho, álcool e vida esparramados no chão. Ainda deu tempo de beijá-la a última vez. Ele beijou os lábios, beijou o ventre, sugando-o.
Então, foi embora. Ela lá ficou, entre a bebida e o amor, cegada pela Morte.

Nayara K.
(Lady Byron)

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

AVISO

No meiu último poema recebi 11 comentários de alguma pessoa que sentiu-se incomodada com o que escrevo. Sabe, não guardo rancor, ou vou escrever coisas ruins sobre a pessoa (até porque, nem a conheço). Do mesmo modo, espero que seja, no mínimo, respeitada por aquilo que escrevo pois não coloco apenas palavras jogadas, coloco sentimentos.
Sei que não agrado a todos, não me importo. E se, você não gosta do que escrevo, tudo bem, gosto não se discute. Só peço uma coisa: RESPEITO. Acho que é isso que falta no mundo inteiro.
Aceito críticas sim, mas tenha argumentos para criticar o meu trabalho.

Obrigada pelo carinho,
Nayara K.