quinta-feira, 26 de março de 2009

Desabafo a ti

Palavras cuspidas em minha face alva
Névoas de veneno que exalavam ódio
Seu hálito quente e ácido
Tudo a me conspirar as banalidades estúpidas

Desapego-me a ti cada vez mais
Era a hora de me ver contente por vitórias,
Não vê, não sente, não quer...
Tão pequeno o coração empedrado de raiva.

Resquícios do que foi algum dia amado
Hoje me saem da alma,
cárcere de um prisioneiro acorrentado
E que já não fostes, mal consumado

Devias ao menos a idolatria que não tens
Navio negreiro onde repousa os teus sentimentos
Devias ao menos o orgulho que não tens
Digerido pelos seus vermes da luxúria.

E se a falta sentires de mim algum dia
Procure-me onde os abraços são mais apertados
os amores, mais verdadeiros
e os beijos doces mais molhados.

Nayara K.
(Lady Byron)

5 comentários:

Ademerson Novais disse...

Entrar em teu mundo de palavras é parar..respirar e voltar para tuas palavras...fortes...poderosas...e de uma verdade de ums mistura que de tão incomprensivel se torna compreensivel quando menos notamos..por que é assim as palavras..faceis...ocultas...mais nunca dificies quando postas pelo coração...e o teu traz perolas negras...e que por isso são maravilhosas....que venham a tona..que saem de sua concha dura...

MARTHA THORMAN VON MADERS disse...

Poesia...o doce mel da vida. Ritmos e palavras se debatem em prazer inigualável.A expressão da vida, do amor...
Lindo demais.
beijos

Mateus Araujo disse...

Dê-me um abraço e saberás onde quero que tu ficas!
EUTEAMO!

Mateus Araujo disse...

Nesta balada chamada vida coincidimos em dançar a mesma música!

Daniel Braga disse...

Nossa.. simplesmente adoro seus poemas. São obscuros e belos. Instigantes. Interessantes. E sempre me fazem refletir.

Parabéns. E obrigado por me adicionar à você. Também te adicionei aos meus blogs favoritos.

Até a próxima.

*DB*