segunda-feira, 2 de março de 2009

Versos ao rapaz que passa


O som do meu piano mudo ecoa entre as paredes,
Hoje ele veio me dizer coisas comuns e não dei atenção,
Hoje ele veio me dizer coisas da vida, e não quis escutar
Mas quem dera, eu não pudera.

Hoje percebi que minha vida não é entendida
Hoje ele veio me dizer que não mais importava
E tarde da noite me liga, me chama,
Como um fantasma de sons que me procura.

Eclodindo novos ruídos em meu ouvido
Com uma visão pernóstica do ser
E erudindo causas e consequências
De algo forte como o amar.

Não o amo, eis o fato,
Mas temo em perdê-lo, eis a contradição.
Não me reténs os maus modos,
Mas me envergonhas os alvoroços.

Não me apanhas as mil maravilhas
E nem sei o porquê de escrever esses versos sem sentidos
Sem rimas e sem cores,
Mas recheados de sentimentos, meus sentimentos.

Hoje descobri que não consigo amar
E que minha maldição é te confrontar.

Nayara K.
(Lady Byron)

2 comentários:

Mateus Araujo disse...

amor, não só deixarei que sintas o cheiro do perfume do frasco mas sim te darei uma fábrica deste, que nos fará escrever no sossego ao resto de nossas vidas...
agora, o que resta é voar e voar e voar para que encontre o que ainda é ao mundo utópico.
TEamo, minha poetiza!

Mateus Araujo disse...

prq escrever estes versos acrómicos?!?!
simplesmente pleo fato de que toda a sua acromia e falta de rimas faz aos meus olhos as mais infinitas policromias! és meu arco-iris, és a minha aurora, és meu viver!




...Alías(ia esquecendo-me), que comentário lindo aquele que fez!