sábado, 31 de maio de 2008

A Taça de Crânio

Se ao menos desfrutasse daquele crânio,
Bebendo o doce vinho de sangue
Assustando medos que me assombram
De um lugar chamado Mundo.

E tu, ó Deus compadecido! julgue-me pelo que sou
Uma taça de crânio,
dos ossos de meu amor
de coração partido - verdadeiramente.

E não queiras julgar uma paixão ardente
Cheia de prazeres e orgias
Pelo simples gozo de uma nova bebida
Perdida sobre uma alma vagante.

És tu, nobre alma
Que se apossa de meus poderes obscuros
Que matei para proteger e hoje bebo
no lugar que abraçava teu cérebro.

És tu, nobre alma
Que amo mais que a Lua
ou o Sol.
Que o vento do Norte e do Leste.

Mas não se assombre.
Não se intimide.
Deitarei contigo pela última vez
E outro, beberá sobre minha cabeça esse vinho de sangue.

Lady Byron
- Baseado no poema "Versos Inscritos numa Taça Feita de um Crânio" de Lord Byron.

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