sexta-feira, 12 de setembro de 2008

O Conto [de amor] Perdido

Escuridão. É o que vejo por todo o meu comôdo.Essa escrivaninha empoeirada, esse piano de madeira podre.O violino jogado no chão, meu sangue escorrendo.Será que você pode me ouvir gritar?
Minha palidez não lhe causa nenhum efeito.Os meus olhos vivos de fogo não lhe causam ardor.Essa fome, essa angústia de te ver,esse medo da sua presença.
Tudo isso faz-me melancolia.Tudo isso assusta-me.Dilacera-me.
Aos murmúrios grito seu nome.Ninguém pode me ouvir.Condenam-me por te amar.
Sei que a Morte já me faz companhia nesse estágio.Sem seu amor,sem seu calor,sem o seu beijo venenoso.
Não culpe os outros,não culpe o tempo.Eles nada importam.Eles nada fizeram para que isso acontecesse.
Agora, deitada sobre meu leito, imagino um fim próximo.Deixo este Conto Perdido, para que saibas, que nada foi em vão.Que ainda penso em ti.Em cada respiração encontro um gás ardente que me perfura os pulmões.
Mas esse ardor, não é mais forte do que sinto quando olhas pra mim.

2 comentários:

Tabatha Corradini disse...

lindo post amor *-*'

Mateus Araujo disse...

Mas esse ardor, não é mais forte do que sinto quando olhas pra mim.


Morri *__*