segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Expugnação de medos


Eis que aqui posto-me diante de ti,
Flagelando o próprio corpo á merce de tiranos,
Aqueles que fizeram-me mentir
E contestar os pretextos humanos.
Uma ópera bem escrita e distinta
Um livro inacabado de páginas amareladas
E uma fera dentro de mim, faminta
E que eclode no meu ventre e pele, intocadas.
Mofos e fungos que na minha carne grudam
Não sinto mais coragem de retirá-los
Fazem comigo o mais belo teatro, sussuram
E aos meus prantos, acovardá-los.
E no sangue que despeja em mim
Ó misericordioso ser invisível
Usa máscaras e pronuncias o latim
Regatar-me nunca irá, pouco perecível
Entrego-me aos medos que vencem
As dúvidas que em minhas veias fluem, nadam
Os fantasmas que mentem
E a vida que me abandona, eis que não tenho
mais nada.
Nayara K.
(Lady Byron)

Um comentário:

Mateus Araujo disse...

tens a mim!
e perto
jamais deixarei que estes medos lhe expugneçam!

teamo♥