sexta-feira, 17 de julho de 2009

What happened


Sinto que sou prisioneira de seus braços
Carinhos trocados sem pretextos
E caio na armadilha que eu mesma planejei
Somos articulados e perigosos quando estamos juntos.

Sinto o gosto da sua língua
E minha alma está sangrando as feridas
Corda no meu pescoço apertada com força
Tu vens, singelo, desamarrar-me.

O seu sorriso me envenena
Poções que preparas apenas com o olhar
Estamos quentes, suados e entrelaçados
Calculo errado e me despedacei em outra constante.

Vá, vá embora sugador de sonhos
Mágico da ilusão, eu não quero entregar-me
Lamentos cor de terra sujam minhas mãos
E memórias de barro estão dissolvendo-se.

E no som de uma música inebriante
A última nota faz-se soar na melodia assombrosa
E acabamos por deitar-nos vagarosamente
No mesmo leito que cheira a carne.

Voam rumores e memórias
Até as vozes se dissolvem
Sobramos eu e você
Algo que não deveria ter acontecido.

Nayara K.
(Lady Byron)
"(...) É tão certo, quanto o calor do fogo, e é tão certo, quanto o calor do fogo. Eu já não tenho escolha, participo do seu jogo, participo... Não consigo dizer, se é bom ou mal, assim como o ar, me parece vital. Onde quer que eu vá, o que quer que eu faça, sem você não tem graças. (...) "
Capital Inicial - Fogo

4 comentários:

Mateus Araujo disse...

Li agora como um sussurro ao meu ouvido. Coisa de louco! Perigo é ler teus versos, isso sim. Deixa a gente meio que em chamas. rsrs
TEAMO

pequenas volúpias doces pra ti ;)

nd disse...

Olá,

Linda tua poesia,tocou-me profundamente, parabéns. Muito sensual, caliente...

Doce beijo

A.S. disse...

Lady,

O desejo é como o puro fascinio pelo abismo... algo irresistivel que nos chama como a frescura de uma fonte onde saciamos a sede...

Belo o teu poema!

Ternos beijos...

Daniel Braga disse...

Que lindo. Adorei tanto a imagem quanto o que escreveu ;)

~Amo essa música do Capital, é perfeita. Até a próxima. Comente no meu blog.

*DB*